O Barbeiro

Um homem foi ao barbeiro para cortar o cabelo como ele sempre fazia. Ele começou a conversar com o barbeiro e conversaram sobre vários assuntos. Conversa vai, conversa vem e começaram a falar sobre Deus... O barbeiro disse:

- "Eu não acredito que Deus exista como você diz".
- "Por que você diz isto?" - o cliente perguntou.
- Bem, é muito simples. Você só precisa sair na rua para ver que Deus não existe. Se Deus existisse, você acha que existiriam tantas pessoas doentes? Existiriam crianças abandonadas? Se Deus existisse, não haveria dor ou sofrimento. Eu não consigo imaginar um Deus que permite todas essas coisas".

O cliente pensou por um momento, mas ele não quis dar uma resposta para prevenir uma discussão. O barbeiro terminou o trabalho e o cliente saiu.

Neste momento, ele viu um homem na rua com barba e cabelos longos. Parecia que já fazia um bom tempo que ele não cortava o cabelo ou fazia a barba e ele parecia sujo e arrepiado.

Então o cliente voltou para a barbearia e disse ao barbeiro:
- "Sabe de uma coisa? Barbeiros não existem".
- "Como assim eles não existem?" - perguntou o barbeiro.
- "Eu estou aqui e eu sou um barbeiro".
- "Não!" - o cliente exclamou. "Eles não existem, porque se eles existissem não existiriam pessoas com barba e cabelos longos como aquele homem que está andando ali na rua".
"Ah, mas barbeiros existem, o que acontece é que as pessoas não me procuram, e isso é uma opção delas".
- "Exatamente!" - afirmou o cliente.
"É justamente isso, Deus existe, o que acontece é que as pessoas não o procuram, pois é uma opção delas, e é por isso que há tanta dor e sofrimento no mundo". Para ser um verdadeiro vencedor, você precisa, antes de tudo, acreditar em Deus. Sem ele não somos nada e o que fazemos fica sujeito a cair a qualquer momento.

Acreditar e Agir


Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas, imaginando uma forma de chegar até o outro lado, aonde era seu destino. Suspirou, profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente, percebeu haver letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.

Num dos remos estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro, AGIR. Não contendo a curiosidade, perguntou ao barqueiro o motivo daqueles nomes nos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito ACREDITAR, e remou com toda força. O barco começou a dar voltas, sem sair do lugar. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito AGIR, e remou com todo vigor. Novamente, o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo, e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

O barqueiro disse ao viajante:
- Este barco pode ser chamado de AUTOCONFIANÇA. E a margem é a META que desejamos atingir. Para que o barco da AUTOCONFIANÇA navegue seguro e alcance a META pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: ACREDITAR e AGIR.

Não basta apenas ACREDITAR, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também AGIR para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa META. Impulsione os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais, e não se esqueça que, por vezes, será preciso até remar contra a maré.

Persistência


Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios penhora, com muito pesar, as jóias da esposa.
Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, disseram-lhe que seu produto não atendia ao padrão de qualidade exigido. O homem desistiu? Não!
Volta para a escola por mais dois anos, sendo vítima de grande gozação por parte de seus colegas e de alguns professores que o tachavam de “visionário”. O homem ficou chateado? Não!
Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele, porém, durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela foi destruída. O homem se desesperou e desistiu? Não!
Reconstrói sua fábrica, mas um terremoto novamente a arrasa. Essa é a gota d’água? O homem desistiu?
Não!
Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país, e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família. Ele entra em pânico e desiste?
Não!
Criativo como de costume, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta, e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas “bicicletas motorizadas”. A demanda por motores aumenta muito, e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção.
Como não tinha capital, resolveu pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. e consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.
Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada em todo o mundo. Tudo porque o senhor Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

Você é 5 ou 95% ?



Tínhamos uma aula de Fisiologia na Escola de Medicina logo após a semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado, aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades e a excitação era geral.
Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir o silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que a turma correspondeu? – Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou. Ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o professor perdeu a paciência e deu a bronca mais dura que já presenciei.
Ele disse: “Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez!”, disse levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou na sala. O professor continuou: “Desde que comecei a lecionar – isso já faz muitos anos –, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada 100 alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem a diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume. São medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. O interessante é que esta porcentagem vale para todo mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que de 100 professores, apenas 5 são aqueles que fazem a diferença; de 100 garçons apenas 5 são excelentes; de 100 motoristas de táxi, apenas 5 são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de 100 pessoas apenas 5 são verdadeiramente especiais. É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo sabendo que investi nos melhores. Mas, infelizmente, não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre poderá escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje”.
Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre. Afinal, quem gosta de ser classificado como ‘fazendo parte do resto’? Hoje, não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fez a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.
Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo o que fizermos, se não tentarmos fazer em tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.